PSYCHODUB + EXPOSIÇÃO/ PSYCHODUB + EXHIBITION


A Ideia

A ideia era criar um ambiente em que o publico respirasse arte em suas diversas facetas: musicais, visuais. Algo que se aproximasse da ideia de happening.
"O termo happening, como categoria artística, foi utilizado pela primeira vez pelo artista Allan Kaprow, em 1959. Como evento artístico, acontecia em ambientes diversos, geralmente fora de museus e galerias, nunca preparados previamente para esse fim."
 Além dessa ideia de aproximação do ambiente do happening, a intenção também era, acima de tudo, criar uma exposição própria, sem a necessidade de um espaço ou apoio de terceiros, de maneira não convencional, com artistas que fazem sua própria trajetória, que trabalham de forma independente e alternativa.
 Oferecer um espaço onde se pudesse agir livremente, onde um artista pudesse vender seus fanzines e mostrar suas propostas menos aceitas, por exemplo.
 Nada melhor para representar esse sentimento de independência do que a arte urbana, a mais expontânea, a mais honesta das artes.

Não consegui todos os artistas e performances que eu realmente gostaria, de maneira que o evento abrangesse ainda áreas artisticas mais diversificadas, até por uma questão lógica de espaço. Não se pode ter tudo, mas no final, acabou funcionando muito bem. Tudo se encaixou.

O Espaço

 Como o happening geralmente acontece em espaços não convencionais, eu  corri atrás exatamente disso, sem muito sucesso.
 No fim, um senhor o qual pintei um quadro em estilo capa de pulp (que aliás, ele amou, hehe) me ofereceu um espaço na chácara dele- criado para eventos, mas que só fora usado uma única vez. 
 Ele vem de uma época onde as pessoas gostavam de realizar tarefas artísticas a par de seus trabalhos. No caso, ele compõe músicas. Por isso o espaço emprestado tinha um palco também.
 Estava tudo realmente "abandonado".
 Cheguei lá com meu namorado e nós limpamos o lugar que tinha uma camada de terra de anos. Trocamos lâmpadas, listamos tudo do básico que precisava ser comprado e de pequenas reformas.

Os Artistas

Obviamente que alguns dos artistas da exposição eu já conhecia. Mas os que eu não conhecia?
 Corri atrás de vários artistas através das paredes da cidade. Vi várias pixações, via a assinatura e como uma detetive bem determinada, corria atrás das informações e das pessoas certas.
 Lembro que o mais difícil era quem a gente chamava de "Vidas, Secas", por causa dum stencil que continha exatamente essa frase acima de um homem caminhando solitário sobre os trilhos dum trem, numa paisagem árida. Ele tambem tinha feito um Ian Curtis que ficou muito famoso na cidade. Seu nome era Mateus OF. Não me lembro exatamente como acabei conhecendo ele, lembro que foi em cima da hora, estava quase tudo organizado para festa, mas deu tudo certo. Foi até meio mágico. 
  

Exposição


 Foram dias trabalhando muito para que tudo ficasse agradável ao público, muito trabalho com os artistas- na seleção de trabalhos- a banda, discotecagem, bons-drinks, quitutes naturebas (outros nem tanto).
Algumas situações desagradáveis aconteceram no decorrer da semana da festa e principalmente no dia de montagem, pois só estávamos eu e apenas três amigos que iriam expor. Foi uma grande correria mas o restante foi muito mais simples.
 Muita arte ao som de uma excelente banda de blues, Joni Compri Blues Ride e da discotecagem responsa do Radiola Dub Muitas pessoas adoraram a exposição. 

 Parabéns à galera da exposição e obrigada por aderirem à ideia!
 Muito obrigada ao pessoal do Casa dos Pães e Bolos Artesanais e da Bia Eça, que aceitaram fazer parte disso tudo! 

Valeu pelo apoio!

Photos: Ariane Oliveira